Falta de profissionais de tecnologia pode se tornar crítica em cinco anos



Pesquisador da HP diz que carência motivou iniciativa do governo do Rio Grande do Sul de aproximar empresas e universidades.

A carência de pessoal capacitado em tecnologia da informação não é privilégio do Brasil e pode gerar uma grave crise no setor em um período de cerca de cinco anos, caso a tendência atual - onde a demanda cresce mais rapidamente que a formação de profissionais - prevaleça.

A afirmação é de Greg Astfalk, cientista chefe da HP que participa do 4o. HP Brazil International Tech Symposium, em Porto Alegre (RS). Segundo ele, a demanda por profissionais cresce cerca de duas vezes mais que o Produto Interno Bruto (PIB) dos países, o que gera a carência.

No caso do gerenciamento dos servidores, acrescenta o cientista, "na medida em que esses ambientes ganham complexidade, cresce a demanda por profissionais habilitados a gerenciá-los", afirmou.

Darlei Abreu, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento da HP Brasil, também demonstrou preocupação com a falta de pessoal capacitado. Segundo ele, a HP Brasil tem hoje 800 profissionais dedicados à pesquisa e desenvolvimento, dos quais 400 no centro de desenvolvimento montado há 10 anos na PUC do Rio Grande do Sul.

"Mas esse número tem uma necessidade de expansão contínua, de cerca de 30% ao ano, e é verdade que está ficando complicado suprir as vagas", disse ele, no mesmo evento.

Segundo Abreu, há hoje um delay entre oportunidade de mercado e disponibilidade de recursos. "Temos de mexer na motivação do jovem para atender às demandas já existentes. Senão, como será daqui para a frente?", questionou.

Para tentar minimizar o descompasso, o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Nelson Proença, tomou a iniciativa de reunir, periodicamente, as companhias HP, Dell e SAP e representantes de 15 universidades do estado para que as empresas do setor possam relatar às universidades as necessidades que enfrentam em termos de recursos humanos.

"A idéia é que o estado atue como integrador desse encontre e que as universidades adaptem seus currículos às necessidades do mercado", afirmou Proença aos jornalistas.

Fonte IDGNow

Comentários

Anônimo disse…
Motivar pessoas a se dedicar a alguma atividade... Só isto?
A forma mais antiga e efetiva de se fazer isto é pagar bem pelo trabalho de bons profissionais.
Uma minoria ganha bem em TI. A grande maioria ganha pouco. Mesmo os nerds que estudam muito. Isto não incentiva os novatos.
Anônimo disse…
Concordo plenamente em gÊnero número e grau com o Fabiano, hoje em dia o que move o mundo é o dinheiro, tirando a felicidade de trabalhar com o que gosta, realmente o que sobra é o bom salário, e infelizmente as empresas tem um RH, que valoriza o currículo somente na hora de preencher a vaga.
Julio Mauro disse…
Infelizmente é assim mesmo, na hora ca contratação é uma burocracia gigantesca.

Muitas vezes a empresa exige tanto do profissinal e não dá nada em troca, nem ao menos uma "bolsa" para atualização profissinal do cidadao